domingo, 8 de agosto de 2010

Cópia e Original na Arte

Cópia de desenho para estudo das mãos de Ginevra de Benchi, de Leonardo da Vinci

As noções de original e cópia podem se conectar. É possível copiar um desenho e ser ao mesmo tempo original, como alguém que canta a letra de uma música feita por outra pessoa. É uma maneira de interpretar a obra e não simplesmente de copiá-la.

Assim, essa diferenciação entre cópia e criação depende da intenção ou da finalidade do ato desenhativo. Alguns artistas fazem cópias o mais exatas possíveis para aprimorar seu estudo ou para vendê-las. Outros, fazem cópias dando um novo significado à obra, como as diversas existentes da Monalisa, por exemplo.
Outros são ainda capazes de copiar não uma obra, mas o próprio estilo de um artista, e por meio dele passam a criar obras originais, geralmente com a intenção de vendê-las. Um falsificador do pintor Vermeer enganou os nazistas desse modo, os quais compravam seus quadros por preços exorbitantes.

A minha opinião é a de que assim como não existe uma cópia perfeita, não existe uma perfeita originalidade. Sempre quando se copia, modifica-se o original, e sempre quando se cria, apresenta-se uma mistura entre o ambiente e a inventividade artística, de modo que a obra nunca sai pura do artista, e nem está dentro dele - ela se forma a partir dele e do seu ambiente
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